Governo aprova nova linha de crédito para reformas com investimento de R$ 7 bilhões
A nova linha de crédito para reformas recebe um subsídio de R$ 7,3 bilhões e possui regras específicas de participação.
As reformas habitacionais desempenham papel fundamental na melhoria da qualidade de vida das famílias, pois permitem que residências se tornem mais seguras, confortáveis e adaptadas às necessidades de seus moradores.
Com o tempo, casas e apartamentos sofrem desgastes naturais, exigindo manutenção constante, além de ampliações que acompanhem o crescimento das famílias. Além disso, reformas podem valorizar o imóvel e contribuir para o desenvolvimento das cidades.
Contudo, muitas famílias encontram dificuldades para financiar essas melhorias, pois as taxas de juros praticadas no mercado inviabilizam o acesso ao crédito. Diante desse cenário, o governo decidiu implementar uma solução que combina estímulo econômico e apoio social.

Neste artigo, você confere:
Governo aprova crédito para reformas com alto subsídio
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aprovou uma linha especial de crédito para reformas habitacionais, oferecendo subsídio estimado em R$ 7,3 bilhões. Essa medida representa um aceno à classe média e às famílias de menor renda, que enfrentam juros elevados em linhas tradicionais.
Com a iniciativa, o governo busca facilitar o acesso a recursos e, ao mesmo tempo, estimular a geração de empregos no setor da construção civil. Dessa forma, além de ampliar oportunidades para as famílias, a medida fortalece a economia.
O programa prevê a liberação de até R$ 30 bilhões em empréstimos até 2026, com prazos de até cinco anos para pagamento. As condições contemplam ainda carência de até 180 dias para o início das parcelas, o que concede maior fôlego financeiro aos beneficiados.
O Executivo, entretanto, ainda ajusta os detalhes técnicos para garantir que a medida atenda às demandas do mercado e ao mesmo tempo preserve a sustentabilidade fiscal. Essa estrutura evidencia a preocupação do governo em conciliar apoio social e responsabilidade econômica.
Os recursos destinados às operações vêm do Fundo Social do Pré-Sal, um fundo contábil abastecido pelas receitas da exploração de petróleo. Para viabilizar o subsídio, o governo oferece esses recursos a custos muito baixos para os bancos, que assim conseguem repassar taxas mais acessíveis às famílias.
Na prática, o Tesouro aceita uma remuneração bem inferior à taxa Selic, hoje em 15% ao ano, absorvendo a diferença para tornar o crédito para reformas viável. Essa estratégia permite que os beneficiários encontrem juros muito abaixo da média do mercado.
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Como o novo crédito para reformas vai funcionar?
O funcionamento da linha de crédito se baseia na oferta de recursos subsidiados para bancos, que atuam como intermediários diretos das operações. O governo empresta dinheiro do Fundo Social a um custo mínimo, e as instituições financeiras assumem o risco das operações, cobrando apenas parte da taxa final.
Assim, a remuneração dos bancos fica limitada, enquanto os beneficiários conseguem juros reduzidos. Esse arranjo garante equilíbrio entre a necessidade de incentivar reformas e a preservação da lógica financeira.
Na prática, as famílias terão acesso a contratos de até 60 meses, podendo escolher prazos de pagamento que se adaptem à sua renda. Além disso, o período de carência de até seis meses dá tempo para que obras sejam concluídas antes do início das cobranças.
Para garantir segurança, o programa conta ainda com o apoio do Fundo Garantidor da Habitação Popular (FGHab). Esse mecanismo cobre parte das prestações em caso de inadimplência na faixa mais baixa de renda, reduzindo riscos para os bancos.
Assim, as instituições financeiras ficam mais confiantes em conceder crédito, e as famílias têm maior tranquilidade ao assumir os compromissos. Esse desenho combina garantias públicas e subsídio implícito, gerando uma linha sustentável e de grande alcance social.
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Taxas e juros de contratação
As taxas definidas pelo programa se destacam por ficarem muito abaixo do mercado, tornando o crédito para reformas competitivo. Famílias com renda de até R$ 3.200 ao mês terão acesso a juros de até 1,17% ao mês, percentual que representa uma economia significativa frente às modalidades tradicionais.
Já famílias com renda entre R$ 3.200 e R$ 9.600 poderão contratar financiamentos com taxa máxima de 1,95% ao mês, ainda bastante reduzida em comparação com empréstimos comuns. Segundo dados do Banco Central, a média do crédito consignado alcança 55,5% ao ano, o que equivale a 3,75% ao mês.
Já o crédito pessoal não consignado chega a 104,5% ao ano, ou 6,14% ao mês. Quando comparados a esses números, os juros do novo programa se tornam extremamente atrativos, permitindo que mais famílias ingressem no mercado de reformas.
Além disso, o governo conseguiu preservar equilíbrio fiscal ao manter o subsídio de forma implícita. Ou seja, os valores não aparecem diretamente no orçamento, mas se refletem na diferença entre o custo do Fundo Social e a taxa cobrada das famílias.
Apesar de aumentar a dívida pública, essa estratégia foi considerada essencial para viabilizar a política. Dessa forma, o crédito para reformas se transforma em uma ferramenta que combina benefício social, estímulo econômico e responsabilidade administrativa.
Quem pode receber o crédito para reformas?
O programa se divide em três faixas de renda, cada uma com regras específicas:
- Faixa 1: Famílias com renda de até R$ 3.200 podem contratar crédito com juros de até 1,17% ao mês. Além do subsídio, contam com a cobertura do FGHab em caso de inadimplência, o que reduz ainda mais os riscos.
- Faixa 2: Famílias com renda entre R$ 3.200 e R$ 9.600 têm acesso a taxas de até 1,95% ao mês. Nessa faixa, não há garantia do fundo, mas ainda existe subsídio forte do governo.
- Faixa 3: Famílias com renda acima de R$ 9.600 podem contratar crédito com taxas de mercado. Nesse caso, os bancos utilizam recursos próprios, sem subsídio direto, mas com possibilidade de expansão do volume de contratações.
Essa divisão permite que diferentes grupos da sociedade tenham acesso ao crédito para reformas de acordo com sua capacidade financeira. Com isso, o programa equilibra apoio às famílias mais vulneráveis e estímulo à classe média, ampliando seu alcance social e econômico.
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